Ciladas do Amor Mora Alves


Em “Ciladas do Amor”, Mora Alves confirma o que já tinha demonstrado em “Novo Amanhecer”. É uma ficcionista completa, mestra em criar acontecimentos, surpreender o leitor com sua dramaticidade. É mestra também em criar tipos, personagens complexos, embora comuns, como muitos que a gente conhece por aí.
O amor é amálgama de sua narrativa. Mas engana-se quem espera um romance açucarado. O leitor sofre, a todo momento, sobressaltos, com a reviravolta na vida dos personagens, quando tudo parece que caminha em estrada plana e aprazível. Este escrevinhador sofreu, a cada uma dessas reviravoltas, como se os personagens fossem criaturas reais, queridas e amadas por ele.
É que o amor, esse anjo sublime, quando se mistura com sentimentos negativos, de posse, servidão, inveja ou insegurança, pode se tornar diabólico. Mas o amor que uniu Erick e Rosie, regado à compreensão, fé e humanismo, com a ajuda de Letícia (ela que também amou, sofreu e conseguiu superar a tudo com perseverança) venceu.
Para compreender, sentir e se emocionar com o universo de ‘””Ciladas do Amor”, o leitor não precisa ser entendido em Literatura. A autora consegue tratar toda a complexidade da sua história, que é a complexidade da vida, em linguagem acessível a todos. Este livro, se bem divulgado, poderá ampliar o universo ainda restrito de leitores brasileiros.
Castelo Hanssen

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